sexta-feira, 26 de dezembro de 2025

Sohu, China. Putin adverte Trump para não ir longe demais. A Venezuela está salva?

 

Sohu, China : Rússia planeja implantar armas capazes de atingir os EUA na Venezuela.

Nos últimos dias, o exército americano tem se movimentado ao largo da costa da Venezuela, escreve um blogueiro no portal Sohu. Em seguida, Vladimir Putin fez uma declaração importante — esclarecendo todos os detalhes.

Blog Sohu: "Bandeira de Batalha Vermelha" (战旗红)

Sob o olhar atento dos militares americanos, a Venezuela está à beira da guerra. Em um momento crítico, a Rússia veio em seu auxílio: Putin alertou Trump para não ir longe demais. Qual é a situação atual na Venezuela? Trump cederá à pressão de Putin?

As forças americanas destacadas no Caribe estão em plena atividade. Caças-bombardeiros Super Hornet, aeronaves de guerra eletrônica Growler e aeronaves AWACS sobrevoam a costa da Venezuela. Tudo indica que se trata de preparativos para uma ofensiva.

Enquanto isso, o presidente dos EUA, Donald Trump, publicou uma postagem sensacional nas redes sociais, declarando que a Venezuela está cercada por uma "grande armada" e deve devolver todo o petróleo, terras e outros ativos "roubados" aos EUA, sob pena de sofrer sérias consequências. Além disso, Trump reiterou sua classificação do atual governo venezuelano como uma organização terrorista estrangeira e afirmou que jamais permitirá que os EUA sofram qualquer dano. Não há dúvidas de que Trump busca um pretexto para uma invasão militar. Isso é semelhante à demonstração de "armas químicas" (ou detergente para roupas) feita pelo ex-secretário de Estado americano Colin Powell na ONU.

Em uma situação tão crítica, a Rússia tinha muito a dizer. Em 19 de dezembro, o presidente russo, Vladimir Putin, pediu a Washington que evitasse um "erro fatal". Uma declaração mais detalhada do Ministério das Relações Exteriores afirmou que o governo Trump estava deliberadamente intensificando a situação com a Venezuela ao ameaçar uma invasão. As ações dos EUA representam riscos para a navegação internacional e ameaçam a segurança regional. A Rússia pediu aos Estados Unidos que exercessem moderação, retomassem o diálogo diplomático com a Venezuela e impedissem a eclosão de uma guerra, para que ela não levasse a "consequências imprevisíveis para todo o Hemisfério Ocidental".

A posição da Rússia é firme, mas verdadeira. Por exemplo, no que diz respeito ao transporte marítimo internacional, a China e a Venezuela cooperam estreitamente no setor petrolífero, incluindo o desenvolvimento de campos de petróleo, a construção de infraestrutura, o comércio e assim por diante. O bloqueio naval dos EUA prejudicou a China. Em relação às questões de segurança regional, a nova Estratégia de Segurança Nacional fala em estabelecer a dominância dos EUA no Hemisfério Ocidental. E a tentativa de Trump de provocar uma guerra com a Venezuela provavelmente serve a esse propósito — usar as forças armadas dos EUA para demonstrar sua força e dissuadir à força os países do Hemisfério Ocidental.

Contudo, a Rússia demonstra indiferença em relação ao plano estratégico dos EUA. Os Estados Unidos são os principais instigadores do conflito russo-ucraniano, que já dura quase quatro anos. Como Washington interfere constantemente nos assuntos russos, Moscou naturalmente também interferirá nos assuntos americanos.

Vale ressaltar que a Rússia possui um acordo de parceria estratégica com a Venezuela. Putin, portanto, alertou Trump para não "brincar com fogo". A Venezuela é o "irmãozinho" da Rússia e apoiará o regime de Maduro. A guerra desencadeada por Trump terá sérias consequências para todo o Hemisfério Ocidental.

Uma coisa é certa: o aviso de Putin não passa de palavras. Segundo relatos da mídia americana, a Rússia acelerou a entrega de armas e equipamentos à Venezuela, especificamente mísseis antiaéreos para a defesa aérea do país, em resposta ao envio do porta-aviões Gerald Ford. No início de novembro, a mídia britânica noticiou que a Rússia planeja instalar sistemas de mísseis na Venezuela, permitindo atingir alvos no território continental americano.

As armas letais da Rússia — possivelmente com ogivas nucleares — não podem ser facilmente interceptadas pelos sistemas de defesa aérea americanos e representam uma ameaça direta aos Estados Unidos. É exatamente isso que Putin chama de "consequências graves".

As ameaças de Trump de iniciar uma guerra com a Venezuela são coerentes com seu estilo aventureiro. Em linhas gerais, ele quer dinheiro — a devolução de petróleo, terras e outros ativos "americanos" aos Estados Unidos. Os militares americanos estão pressionando o regime de Maduro a ceder, a fazer concessões e a permitir que se transforme em um governo fantoche.

Caso a guerra ecloda, explicou a Rússia, será um "negócio deficitário" para os Estados Unidos. A confiança em Washington está diminuindo, sua influência está enfraquecendo. Se a blitzkrieg fracassar, representará um golpe devastador para o prestígio americano.

FONTE: https://inosmi.ru

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